Rúbricas 1

39 Finalizando este estudo, a maioria das medidas criadas até hoje, tem o intuito de prevenir a prostituição, diminuir a vulnerabilidade de mulheres ao tráfico de pessoas. Todos estudos realizados por governos e pelo estado sequer são reconhecidos pelas verdadeiras vítimas, muitas vivem conforme sua sorte sem ao menos cogitar a possibilidade de medidas estarem sendo criadas para o benefício delas. Falta contato com essas mulheres. Ainda que todas estas medidas alcancem um pequeno número de mulheres as mais informadas, ou locais com mais destaque no que diz respeito a áreas de prostituição, a maioria ainda vive esquecida em regiões esquecidas por medidas estatais. As medidas que lidam diretamente com profissionais do sexo, vítimas do tráfico, mulheres expostas a todos os tipos de violência, são criadas por ongs, nem sempre confiáveis. Ao invés de esperar a mobilização destas mulheres, o momento em que elas procurem por auxílio de autoridades, o estado deve se inserir na realidade delas, tendo contato com suas histórias, para assim, executar medidas eficazes contra o tráfico de pessoas. Após o levantamento de dados feito durante esta pesquisa, minhas sugestões para que haja maior proximidade entre as medidas estatais e a população vulnerável ao tráfico seriam: –Treinamento especializado de profissionais da saúde tanto sexual quanto psicológica –Criação de postos de atendimento, ou aproveitamento dos postos de saúde de localidades isoladas para esclarecer a questão do tráfico de pessoas, os riscos de transmissão de dst dentro da prostituição, explicitando a importância do uso de preservativos, tratando do assunto de forma natural –Tratamento de saúde periódico, com acompanhamento, como forma de garantir certa estabilidade em relação à saúde destas mulheres –Atendimento personalizado, como uma forma de não cairmos na praticidade das generalizações, compreendendo a história de cada mulher vítima ou não do tráfico de pessoas –Criação de programas que incentivem a autonomia, como cursos profissionalizantes e até mesmo alfabetização em muitos casos. Bibliografia Abreu Dalmo (1998), Direitos Humanos e Cidadania, Ed. Moderna. Arretche, Marta (1996), Políticas sociais no Brasil: Descentralização em um Estado Federativo, São Paulo, Fiocruz. Da Conceição Silva, Lúcia Isabel e Theodoor Hazeu Marcel, “Tráfico De Mulheres: Um Novo/ Velho Drama Amazônico”: Disponível em: http://www.sodireitos.org.br/site/userfiles/ Tr%C3%A1fico%20de%20Mulheres%20 um%20novo%20velho%20drama%20 amaz%C3%B4nico.pdf Fernandes Antonio Sergio Araujo (2007), “Políticas Públicas: Definição evolução e o caso brasileiro na política social,” in Dantas, Humberto e José Paulo M. junior (orgs.). Introdução à política brasileira, São Paulo, Paulus. Hortale Virgínia Alonso, Garcia Márcia (2004), Políticas e Gestão em Saúde. Leal, Maria Lúcia, Maria de Fátima Leal, (2002), “Pesquisa Sobre Tráfico De Mulheres, Crianças E Adolescentes Para Fins De Exploração Sexual Comercial No Brasil. Brasília,” Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/exposicoes/sociedade/publicacoes/cecria/pesquisa_trafico.pdf Oliveira, Silva Jacqueline (coordenadora) (2005), O Tráfico De Seres Humanos Para Fins De Exploração Sexual No Rio Grande Do Sul. Porto Alegre. Normativa Conselho Nacional dos Direitos das Mulheres Declaração Universal dos Direitos Humanos Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra Mulheres Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas I Plano Nacional de Políticas para as Mulheres II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres. Web sites consultados www.adital.com.br www.cecria.org.br www.dhnet.org.br www.direitos.org.br www.mp.rs.gov.br

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